Venezuela. Alto comissariado denuncia violência do governo enquanto secretário geral mantém tom sereno e conciliatório
O ALto Comissário para os Direitos Humanos (ACNUDH) tem assumido o papel de voz activa contra o governo venezuelano, no seio das Nações Unidas. Ontem o príncipe jordano, Zed Ra'ad al Hussein, quantificou e atribuiu responsabilidades pela violência nas manifestações e instou o governo a parar com o uso excessivo de força, poucas horas antes o secretário geral da ONU vir insister no tom de alerta conciliador. As forças de segurança venezuelanas foram responsáveis por 46 mortos desde 1 de Abril, havendo outros 27 atribuidos aos colectivos, milícias armadas pró governamentais que se infiltram nos protestos, contabiliza o jordano, sem conseguir esclarecer no comunicado ontem emitido, a origem das vitimas que faltam para totalizar os 125 mortos de que falam os dados oficiais. Não autorizado a entrar na venezuela, O ACNUDH fez as contas à distância, por meio de entrevistas a vitimas de repressão e familiares, testumnhas, organizações civis, jornalistas, advogados, médicose Procuradoria Geral concluiu pelo uso excessivo de força e pela violação dos direitos humanos de mais de 5 mil detidos arbitrariamente denunciando casos de tortura, inclusive abusos sexuais. E tomou posição: denunciando os ataques governamentais à Assembleia Nacional (onde a oposição tem a maioria) e ao Ministério Público, manifestou profunda preocupação quanto à destituição da Procuradora Geral Luísa Ortega Díaz, dissidente chavista afastada pela nova Assembleia constituinte convocada pelo presidente Maduro para reescrever a COnstituição. Isto no dia em que o Supremo Tribunal condenou o autarca de Chacao, Ramón Muchacho (oposição) a 15 meses de prisão por desobediências por não ter impedido barricadas de protesto no dia de eleição da Constituinte,"
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